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Café do jacu: o luxo esquisito do café brasileiro

Ei, compadre! Já ouviu falar dessa esquisitice? Este artigo vai mergulhar na história curiosa (e um tanto escatológica) do famoso (ou famigerado) café do jacu, o café que o mundo chama de exótico, mas que a gente, com aquele jeitinho mineiro, prefere chamar de “um belo acidente com final feliz”.

Jacu empoleirado em um galho no cafezal, com um monte de grãos expelidos no chão, simbolizando a origem exótica do café do jacu.

Ele é praticamente um artigo de luxo no universo do café especial. Porém, é um tanto questionável. Se alguém vem e te oferece um café incrível, mas que é feito a partir de grãos recolhidos das fezes de uma ave, você vai pensar: esse caboclo é meu fã ou meu hater? Pra entender tudo sobre essa maluquice e bater o martelo nessa questão, vem com a gente!

O que é o café do jacu?

Vamos começar nosso papo sobre curiosidades do café. O jacuaçu, chamado carinhosamente de jacu, é uma ave espertinha que habita os cafezais Brasil afora. Seu nome, originário do tupi, significa “ave que come grãos”. Isso já dá uma boa pista do comportamento do animal, né?

Pois bem. O jacu fica circulando pelas fazendas de café só pra caçar os frutos mais maduros, você acredita? O danado é literalmente bom de bico! Depois dessa seleção criteriosa, ele expele os grãos de café pelas fezes, já que não consegue digeri-los. Então, essas sementes são colhidas, obviamente muito bem higienizadas e processadas para dar origem ao tal do “cafezes”.

Jacu pousado em um galho no meio do cafezal, segurando uma cereja de café no bico, com grãos expelidos acumulados no solo abaixo.

Aí você, com razão, me pergunta: rapaz, quem diacho teve essa ideia de catar os grãos de café do cocô do bicho pra tomar? Como que o cabra olhou e pensou “Óia, essa meleca aqui pode ser boa”? Pois é, compadre. Mas, por mais esquisito que o café do jacu possa parecer, há uma explicação pro sucesso dele. Quer saber qual é?

Fermentação natural 

Como o jacu só processa a casca e a polpa da fruta, a semente fica intacta lá na barriga dele. Isso faz com que esse grão passe por um tipo de fermentação lá dentro durante a digestão da ave, o que traz características sensoriais muito peculiares e, por sinal, muitíssimo valorizadas. Portanto, esse é um café fermentado naturalmente, que apresenta notas únicas.

Mas o que é a fermentação? Nada mais é do que um processo bioquímico que age sobre os açúcares dos grãos, contribuindo para criar notas sensoriais mais complexas. Atualmente, esse processo é muito utilizado na produção de café especial a fim de aumentar a qualidade e, inclusive, a pontuação que o produto pode receber da Specialty Coffee Association (SCA).

Quando a fermentação é induzida, os produtores utilizam fungos e leveduras durante a produção artesanal para gerar ácidos orgânicos e enzimas nos grãos. Esses compostos fazem surgir sensoriais específicos, como doçura de morango, acidez de maçã verde ou mesmo nuances que remetem a bebidas alcoólicas.

Aves jacu selecionando frutas maduras de café no chão, com um pequeno monte de grãos expelidos após a digestão, ilustrando o processo de fermentação natural.

Lembrando que, na fermentação aplicada pelos produtores, há um monitoramento criterioso dos parâmetros para que tudo fique nos conformes na produção do café especial. É usada uma quantidade calculada de microrganismos, há um controle de tempo e temperatura e, além disso, podem ser definidos métodos específicos (como aeróbico ou anaeróbico).

Voltando ao café do jacu: tudo o que acabamos de explicar sobre a aplicação de microrganismos pelos produtores é feito naturalmente pelo organismo da ave, saca? O sistema digestivo do animal dá uma caprichada, e os grãos adquirem sabores sensacionais depois dessa “aventura”.

Eita, bichin inteligente! Seleciona os melhores frutos e ainda faz todo o processamento da parada, gerando um café luxuoso, exótico e raro. O único detalhe é o custo que esses grãos assumem no mercado: eles já são valorizados devido à produção limitada, que depende da ação do jacu, e a taxa de limpeza das fezes também não é barata…

Preço do café do jacu

Ok, sabemos que o processo é todo artesanal, envolvendo a coleta das fezes, a higienização, a torra e o próprio sabor diferentão que torna os grãos uma iguaria. Mas você já viu o preço dessa bagaça? É de cair o queixo, homem! Como que pode um café recolhido a partir das fezes de uma ave estar entre os mais caros do mercado?

Produtor de café selecionando manualmente grãos crus em uma peneira de madeira, com saco de café ao fundo, representando o trabalho artesanal e o custo elevado do café do jacu.

Vamos aos números? Espia só: 1 kg do café do jacu pode custar de R$ 700 a R$ 1.700. Já os pacotinhos de míseros 100 g que você vê por aí, em lotes exclusivíssimos e badalados (ou “pega-trouxa”, se preferir), vão de R$ 130 a R$ 180. Sim, é literalmente o café mais caro que já saiu do bumbum de um bicho. Tem que ser meio jacu pra gastar uma grana dessa com isso, cê num acha?

Bom, mas tem gosto (e dinheiro) pra tudo nessa vida. Quem curte degustação de café especial também já deve ter ouvido falar de outros “cafezes” famosinhos (e caros!) mundo afora, como o Kopi Luwak (extraído do cocô de um animal peculiar chamado civeta) e o Black Ivory (produzido a partir de grãos digeridos e expelidos por elefantes). Fica a reflexão: consumir cafés desse tipo é sucesso ou cagada?

Uma jacuzice visionária

Saca só: o que o jacu faz por acaso, ou por mero instinto natural, nós fazemos por convicção: selecionar e fermentar com cuidado para extrair o melhor equilíbrio sensorial. A nossa vantagem? Bom… nós não precisamos seguir o rastro de um pássaro pela fazenda.

Agricultor no cafezal segurando um cesto cheio de cerejas de café colhidas, representando o cuidado humano no processamento do café especial.

Aqui na Fazenda Jotacê, trabalhamos para unir a experiência de cafés impecáveis com preço justo. Nossos grãos são beneficiados com o maior cuidado e passam pela torra média, geralmente, para equilibrar todos os sensoriais na medida certa pros nossos compadres cafezeiros!

Inclusive, o nosso programa de assinatura de café especial, o JClube, tá fazendo o maior sucesso por aí. Com ele, você recebe seus grãos em casa todo mês, tem desconto de até 15% nos cafés do site e ainda ganha brindes exclusivos. Não tem nada de jacu nisso, né? A gente tá mais pra gavião, com visão e propósito!

Fazenda Jotacê: cafés exóticos que cabem no seu bolso

O café do jacu tem lá suas contradições, num acha? Mas ó: sem tirar o mérito do pássaro, afinal, ele é só mais um apaixonado por café, assim como nós. Quer provar uns cafezão dos bão que te deixam embasbacado, mas sem gastar a poupança inteira pra comprar? Passeia pelo nosso site e aproveita a seleção especialíssima da Fazenda Jotacê!

Homem tomando café enquanto segura um pacote de café da Fazenda Jotacê, representando o acesso a cafés especiais de alta qualidade.

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Café do jacu: curiosidade exótica ou só jacuzice?